quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Wikipédia é confiável", diz especialista

Portal Terra

Um ensaio sobre o nível de confiabilidade da Wikipédia, a famosa enciclopédia on-line em que qualquer um pode modificar ou criar conteúdo, foi publicado no site Technology Review, no início desta semana, pelo colaborador Simon L. Garfinkel.

O texto de Garfinkel, jornalista e professor de ciência da computação na Escola Naval de Pós-graduação, na Califórnia, sugere que, ao contrário do que muitos pensam, a Wikipédia é confiável.

A maior parte dos especialistas acredita que o site não é uma fonte segura por não haver checagem das informações, que podem ser escritas por qualquer pessoa. Conforme publicado no Technology Review, "A enciclopédia não é baseada em princípios como consistência e observação, nem em senso comum ou experiências próprias, mas apresenta, sim, uma exatidão notável". Há, também, uma definição de sua veracidade: "Na Wikipédia, a verdade é a visão consensual de um assunto".

Segundo o autor, a Wikipédia desenvolveu um conjunto de padrões epistemológicos para quem está interessado em noções tradicionais do que é verdadeiro. Existem três novas políticas de publicação de conteúdo que são fundamentais para a organização do site: a primeira é não haver a possibilidade de se publicar nenhum conteúdo de pesquisa realizada pelo usuário, a segunda, é manter um ponto de vista neutro.

O ponto crucial para comprovar a precisão da enciclopédia, entretanto, seria a terceira política de conteúdo, criada em agosto de 2003: a possibilidade de verificação do que está escrito. De acordo com a regra, qualquer texto publicado deve conter referências a fontes mais relevantes, como jornais, revistas etc.

"Informações adicionadas à Wikipédia sem referências apropriadas são golpeadas por um daqueles que se auto-intitulam editores, com um emblema que exige a citação. E se alguém excluir o emblema, logo será recolocado por outro usuário".

Esse conceito é uma herança da Nupedia, enciclopédia livre criada pelos mesmos desenvolvedores da Wikipedia, com o diferencial de aceitar como editores somente profissionais qualificados. A enciclopédia nasceu em março de 2000 e suspendeu suas atividades três anos depois, por escassez de acessos e indisponibilidade de escritores qualificados. "Se os especialistas relevantes não tivessem sido vetados, basicamente, estaríamos colocando a nós mesmos como a linha de frente de pesquisa das informações novas e originais, e não estamos aptos a fazer isso", explica Larry Sanger, que era editor-chefe da Nupedida e, ironicamente, é também instrutor de filosofia que estuda epistemologia.

Para Simon, a Wikipédia tem grande importância porque interfere no cotidiano de todos: seus artigos estão em primeiro ou segundo lugar nos resultados de buscas do Google, o que se reflete na vida de estudantes, que se baseiam na enciclopédia para fazer trabalhos escolares, e até mesmo no trabalho dos jornalistas que, apesar de não citarem a fonte, utilizam-na sempre.

Cientistas têm seu DNA publicado na Web

Terra, Yahoo

Pesquisadores criaram, esta semana, o Projeto Genoma Pessoal, que visa a criação de um banco de dados de DNA na Internet. O objetivo é acelerar as investigações médicas na área. Dez dos maiores cientistas do mundo já contribuíram com seu próprio material genético.

O estudo, desenvolvido pelo geneticista George Church, da Escola Médica da Universidade de Harvard, pretende encontrar e analisar possíveis problemas genéticos. A iniciativa, segundo os organizadores, está sendo estruturada levando em conta as devidas precauções para proteger a privacidade das pessoas envolvidas.

Conforme publicado no jornal britânico Telegraph, os dez cientistas ofereceram-se para ceder seu histórico médico completo e dar uma amostra do seu código genético a fim de ter o DNA decodificado e analisado – ainda que essa atitude exponha sua privacidade –, junto a fotografias, histórico de doenças, alergias e medicamentos, além de ascendências étnicas e informações a respeito dos fenótipos, desde preferência por determinado tipo de alimento até hábitos ao assistir TV.

Cada um dos voluntários doou um pedaço de pele em favor do projeto e concordou em ter os resultados da decodificação publicados na rede. A estimativa é de que o banco de dados online obtenha mais de 100 mil perfis genéticos na Web.

Entre as pessoas na lista de voluntários estão o psicólogo e escritor Steven Pinker, da Universidade de Harvard, a jornalista de tecnologia (e agora astronauta) Esther Dyson e Misha Angrist, professor-assistente da Universidade de Duke.

Sony diz que PS3 tem navegador mais veloz que IE7

Portal Terra

A última atualização para o videogame PlayStation 3, da Sony, apresenta melhor desempenho na navegação em páginas web e ganha o esperado suporte ao software Flash 9, da Adobe.
O novo firmware 2.50 para o PS3, cujo desenvolvimento já vem sendo feito há mais de um ano, torna a navegação muito mais veloz, de acordo com o Kotaku. Masaki Takase, responsável direto pelo funcionamento dos firmwares do PS3, afirmou que "apesar de a velocidade não ultrapassar a do Google Chrome, bate a do Internet Explorer 7".

A velocidade de processamento da linguagem de programação JavaScript tem cerca de 180% de melhora em relação à versão anterior do firmware, ou seja, é 2,8 vezes mais rápido.

Segundo o site IGN, além de tudo, é possível carregar uma página da internet com vídeo embutido de uma forma muito mais rápida, já que o processamento e mesmo o download de vídeos em Flash no formato H.264 (como no YouTube, por exemplo) faz uso de um processador exclusivo, diferente do usado para carregar a parte em HTML.

Universidades apostam em cursos de games

Portal Terra

Um artigo publicado semana passada no jornal americano Los Angeles Times ilustra que as universidades em todo o mundo vem apostando cada vez mais alto nos cursos relacionados a desenvolvimento de games.
Segundo o texto de Alex Pham, programas de recrutamento de jovens estudantes para essa área vêm sendo cada vez mais incorporados à rotina de estudantes colegiais.
Para Pham, quando os games começaram a emergir, no final da década de 1970, os desenvolvedores trabalhavam em suas garagens. Agora, as grandes empresas recrutam esses desenvolvedores em todo o mundo.
Jessie Schell, professor de design de games na Carnegie Mellon University's Entertainment Technology Center, em Pittsburgh, acredita que isso se deve ao modo como as faculdades – que, em sua opinião, visam apenas os lucros, como qualquer outra empresa – aderiram à indústria de jogos.
"As universidades começaram a perceber (a emersão do desenvolvimento de jogos) há seis anos, quando a indústria de games iniciou a rivalidade com as bilheterias dos cinemas", afirma. "Desde então, vem ocorrendo um grande boom no número de programas para colher futuros desenvolvedores", completa Schell.
Os programas para recrutamento de futuros alunos para o curso de design de games têm ajudado a reacender os interesses nas ciências da computação por meio dos jogos. Ser desenvolvedor tornou-se uma profissão popular em mais de 200 escolas só nos Estados Unidos, de acordo com a Associação empresarial Entertainment Software, e há três anos já havia pesquisas que relatavam a ascensão do desenvolvimento de games como "profissão dos sonhos", como pregam as iniciativas de recrutamento.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Teclados comuns permitem espionagem a distância

Portal Terra

Um grupo do Laboratório de Segurança e Criptografia (LASEC), na Suíça, descobriu diferentes formas de recuperar inteira ou parcialmente aquilo que for digitado em teclados comuns de computador. Os cientistas afirmam que praticamente todos os teclados do mundo são vulneráveis.

De acordo com o LASEC, os teclados, que servem como um meio de transmitir informações pessoais - como nome de usuário e senha, dados bancários e mesmo textos de cunho pessoal -, podem apresentar vulnerabilidades que reduzem a zero a segurança de computadores em geral e caixas eletrônicos em bancos.

“Qualquer teclado emite ondas eletromagnéticas, porque tem componentes eletrônicos. Essa radiação eletromagnética poderia ser usada para espionar o que está sendo digitado”, informa o grupo em seu site.

O teste para descobrir se as letras digitadas geram emanações de radiação que comprometem a segurança é simples: enquanto as teclas são pressionadas, as radiações eletromagnéticas emitidas são medidas. Essa análise das radiações de comprometimento é realizada por meio de um receptor ajustado em uma freqüência específica.

Foram descobertos quatro métodos de recuperar o que é digitado nos teclados, a uma distância de até 20 metros, e que são eficazes mesmo quando as ondas eletromagnéticas são atenuadas pela presença de paredes. O laboratório testou 11 modelos diferentes de teclados, fabricados entre 2001 e 2008 (PS/2, USB e laptop). Todos eram vulneráveis a, no mínimo, um dos ataques.

Keyloggers, pequenos aparelhos para espionar a digitação em teclados, são bastante comuns há mais de uma década. Entretanto, eles precisam ser ligados fisicamente ao cabo do teclado, na conexão entre este e o PC. A técnica descoberta pelo LASEC permitiria esconder o aparelho espião em qualquer lugar, sem precisar de contato físico com o computador da vítima - como se fosse um microfone espião dos filmes de agentes secretos.

O site do Laboratório de Segurança e Criptologia, que promete novidades sobre o tema em breve, apresenta dois vídeos que ilustram o funcionamento da quebra de segurança dos teclados. Os vídeos podem ser vistos em http://lasecwww.epfl.ch/keyboard/.
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