domingo, 21 de dezembro de 2008

Navegar na internet pode estimular o cérebro de idosos

Yahoo

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, constatou que fazer pesquisas na Web melhora o desempenho do cérebro.

Segundo o Washington Post, o teste foi realizado com pessoas de meia idade e idosos de 55 a 76 anos. Metade dos voluntários já estava habituada a utilizar a rede, enquanto a outra metade era inexperiente.

De acordo com informações da CNN, foi possível concluir, por intermédio de exames de ressonância magnética -- realizadas à medida que os voluntários passavam por testes --, que nos exercícios que envolviam leitura, o córtex visual (parte do cérebro que controla a leitura e a fala) mantinha-se ativado.

Nos exercícios que envolviam buscas pela Web, o resultado foi melhor, mas não para todos os analisados. "Pessoas que tinham experiência com o uso da Internet utilizavam mais o cérebro", afirma Gary Small, professor do Instituto de neurociência e comportamento humano da UCLA e principal pesquisador do estudo.

De acordo com a CNN, Liz Zelinski, professora de gerontologia e psicologia da Universidade da Califórnia do Sul, afirma que as descobertas sobre as diferenças da atividade cerebral, como se observou no teste da UCLA, não são novidade: "Se o objetivo é estudar o quanto as pessoas conseguem se exercitar, e se fazem testes com quem já se exercitava e com quem não possui esse hábito, essas pessoas não terão resultados diferentes?", propõe.

Os exercícios que mantêm o cérebro ativo podem preservar a saúde do órgão e a habilidade de pensamento, evitando a deterioração da função cognitiva, relativa às áreas da percepção, como o conhecimento, o pensamento, e a memória.

Algumas atividades ajudam a exercitar o cérebro, como palavras cruzadas e quebra-cabeças, por exemplo, entretanto, segundo Small, que teve sua pesquisa publicada no American Journal of Geriatric Psychiatry, a Web deve ser incorporada nesse processo, para que haja melhores resultados. "Pesquisas na Internet abrangem atividades complicadas do cérebro, que ajudam a exercitar e a melhorar o funcionamento do órgão", conclui.

Segundo a BBC, comparada a uma simples leitura, a riqueza de escolhas exige das pessoas tomar decisões sobre o que clicar ou não, em ordem de relevância.

Para a Dr Susanne Sorensen, líder de pesquisa na Sociedade do Alzheimer, "o estudo é uma mensagem positiva, para que as pessoas se mantenham ativas, mas há uma pequena possibilidade de haver evidências reais de que exercitar o cérebro com esse tipo de atividade pode promover a saúde cognitiva".

Nenhum comentário:

Powered By Blogger